terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Come cover me.

Agora é fato, a temporada festiva começou. As malas já estão pré-arrumadas, as compras necessárias já foram feitas, está quase tudo organizado para as celebrações. Já até ganhamos nossos primeiros presentes natalinos. O meu preferido até agora, uma manta nova para o sofá. O do respectivo, um jogo novinho de facas decentes para cortar carnes. Poisé. Quando é esse tipo de presente que te deixa saltitante, é hora de aceitar que a idade chegou e não há mais o que fazer. Você não é mais o jovem que um dia foi. Mas tudo bem, já comecei a aceitar esse fato faz algum tempo. E admito sem vergonha nenhuma, minha manta nova me deixou feliz como criança pequena em manhã de Natal. Ok, acho que toda essa euforia merece uma explicação. Quando nos mudamos para São Paulo, tivemos que comprar todos os móveis do zero. De todos, o sofá foi o que nós procuramos com mais carinho. Segundo o respectivo, era para ele poder ter um lugar confortável para dormir quando eu o expulsasse da cama (never happened). A verdade é que é o lugar que nós passamos mais tempo juntos. Tardes inteiras de preguiça assistindo filmes ou maratonas de séries. Ou aquele descansinho necessário pós-trabalho. Nosso sofá é o nosso xodó.
Quando nós compramos ele, escolhemos uma cor bem clarinha para combinar com o resto da casa. Só que, três meses depois, nós recebemos um novo morador. Nosso pequeno e bagunceiro filhote peludo. Quando o Tapioca chegou, decidimos que ele teria passe livre no apartamento todo, menos na nossa cama. Ou seja, o sofá era território permitido. O que era um grande problema, já que inevitavelmente o pobrezinho ganharia uma infinidade de marcas de patinhas e sujeira. Nossa primeira solução, usamos cangas e lençóis para proteger o estofado. Obviamente não dava para deixar daquele jeito. Foi aí que a minha busca por mantas começou. No começo me doía o coração ter que cobrir meu lindo sofázinho. Mas acabei me acostumando tanto com a ideia, que hoje eu estranho quando tiro as mantas. Parece que falta algo. Parece que não faz mais o menor sentido ter um sofá e não jogar uma manta sobre ele. Como se um pertencesse ao outro, tal qual Romeu e Julieta, arroz e feijão, fevereiro e carnaval. Agora, para mim, um bom sofá tem que necessariamente vir acompanhado de uma boa manta. Com cachorro em casa ou sem. 































Quem tem pets em casa sabe o quanto é difícil mantê-la sempre arrumada e limpinha. A gente tem que se virar, arrumar maneiras criativas de proteger nossas coisas e ao mesmo tempo tentar deixá-las apresentáveis. Mas, de vez em quando, a necessidade traz boas surpresas. O Tapioca foi uma surpresa na minha vida, uma das melhores que eu já tive. Ele não mudou só meu sofá ou como as coisas são organizadas aqui em casa. Ele me mudou. E acho que, no que depender do inesgotável dom que ele tem para aprontar, eu ainda vou ter muitas boas ideias para compartilhar..     

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